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Fisioterapia para displasia de quadril
A displasia de quadril é uma patologia comum dentro da pratica clínica, ocorrendo um caso em cada 700 nascimentos vivos. O sexo feminino apresenta maior incidência e o lado esquerdo é mais acometido que o direito na proporção de 60 % / 20 %, e cerca de 20 % é bilateral, sendo que quando o envolvimento é bilateral o lado esquerdo é afetado de forma mais grave que o direito.
Até a terceira semana de vida intra-uterina, a articulação do quadril é formada por uma única massa de tecido mesenquimático conjuntivo, com o desenvolvimento, ocorre a diferenciação dos tecidos com a formação do colo do fêmur e acetábulo. Qualquer alteração da normalidade neste processo pode resultar em displasia de quadril.
É de extrema importância para o prognostico, o diagnóstico precoce, se possível até o primeiro mês de vida, no recém-nascido o diagnóstico é sobretudo clínico, as radiografias, pela presença de tecido cartilaginoso em abundância e ausência do núcleo epifisário femoral superior dificultam o diagnóstico, porém, com um mês de vida, já pode ser pedido um exame complementar bastante válido que é a ultrasonografia, que pode identificar o quadril displásico e a luxação, com a vantagem de ser um exame não invasivo que não libera radiação ionizante.
O diagnóstico e o tratamento dependem de sinais e sintomas, os quais variam de acordo com a idade do paciente.
Sinal de Peter-Bade - Assimetria das pregas da coxa quando a luxação for unilateral (sinal de Peter-Bade positivo). Observa-se, no membro acometido, um aumento do número das pregas cutâneas na coxa, bem como, o seu desnivelamento.
Manobra de Hart - Limitação da abdução do lado luxado, determinado pelo encurtamento dos músculos adutores. Com o paciente em decúbito dorsal, quadril em adução e flexão de 90º, éefetivada a abdução simultânea, observando-se a limitação da abdução do lado luxado.
Manobra de Nelaton - Encurtamento da extremidade luxada. Com o paciente em decúbito dorsal e joelhos fletidos a 90º promove-se pressão axial simultânea sobre os fêmures, enquanto se observa, ao nível dos joelhos, o encurtamento do lado luxado, quando unilateral.
Manobra de Ortolani - Com o paciente posicionado em decúbito dorsal com as coxofemorais em flexão de 90º e em adução, promove-se a abdução com o polegar do examinador na face interna da coxa e o 2º e 3º dedos sobre a região trocantérica, bilateral. A presença de crepitação ou ressalto caracteriza a redução da luxação e a manobra é dita positiva.
Manobra de Barlow - Entre o polegar e os demais dedos de uma das mãos, o examinador prende a pelve do paciente, que se encontra em decúbito dorsal. Ao mesmo tempo, com o polegar da outra mão na face interna da coxa e o 2º e 3º dedos sobre a região trocantérica do quadril a ser avaliado, em flexão de 90º, promove-se movimentos de abdução e adução. A presença de crepitação ou ressalto caracteriza a manobra como positiva.
A participação do fisioterapeuta no tratamento da displasia congênita do quadril é importante para a melhora da funcionalidade e qualidade de vida da criança.
Se for realizada no período em que está utilizando gesso é interessante trabalhar com isometria dos músculos dos membros inferiores dentro do gesso, associado ao controle de tronco.
Depois da retirada do gesso tratar com mobilizações ativas, em combinação com exercícios de reforço muscular e reeducação da marcha. Sendo aconselhado a hidroterapia, e exercícios que estimulem as atividades funcionais do corpo.
O treino de marcha deve ser realizado com os membros inferiores alinhados, e iniciado logo que a criança conseguir ficar em pé.
É importante o fortalecimento da musculatura para possibilitar a melhora biomecânica, priorizando adutores, glúteos máximo e médio e extensores de tronco.
O fisioterapeuta deve estar atento ao ganho de mobilidade para melhora da execução dos movimentos do cotidiano incentivando o trabalho de extensão de quadril, abdominais e movimentos da pelve sobre o fêmur, dessa forma propiciando a ação correta das forças sobre a articulação coxofemoral.
Ao tratar no pós-operatório o objetivo da fisioterapia é a recuperação das funções e a prevenção de distúrbios posturais e lesões musculoesqueléticas adotando medidas de prevenção de contraturas, alongamentos e posicionamento adequado.
A Science Care Fisioterapia oferece atendimento de fisioterapia domiciliar para tratamento da displasia de quadril, com profissionais altamente qualificados, com larga experiência e supervisionados por coordenadores titulados Mestres e Doutores pelas principais Universidades Nacionais e Internacionais.